Infelizmente vivemos em um país onde temos Leis, mas as mesmas não são respeitadas, após apuração da policia e do poder judiciário postarei os resultados, todos sabemos que discriminação é crime, não discriminem é muito dolorido sermos julgados por nossas condições físicas, aparência, cor, raça, religião ou por qualquer coisa, respeitem as pessoas.
Valdir Timóteo fala da ideia de criar o Tribunal de Mobilidade e Acessibilidade e fala sobre discriminação que sofreu no banco do Bradesco.
Deficiente físico é impedido de entrar no Bradesco Itaquera - edição 166
23-Mar-2012 | |
Por LIGIA MINARO Funcionária da agência Itaquera do Bradesco, exigiu que o cadeirante Valdir Timóteo apresentasse a carteira de identidade e o cartão do banco para liberar a sua entrada no estabelecimento bancário. A vitima registrou Boletim de Ocorrência no 32º Distrito Policial de Itaquera.Você antes de entrar em uma agência bancária teve que apresentar a carteira de identidade e o cartão do banco comprovando que é correntista? Já passou por tamanho constrangimento na frente de sua família? Se ainda não passou, você pode ser a próxima vítima de funcionários de estabelecimentos bancários despreparados e quiçá preconceituosos. Os assaltos a bancos continuam a engrossar as estatísticas da Secretaria de Segurança Pública e o despreparo de seguranças e de alguns bancários engrossam os atos de desrespeito aos direitos do consumidor. As polêmicas "portas giratórias" e seus não menos polêmicos "botões de acesso" já foram responsáveis por casos escabrosos como do deficiente que foi obrigado a deixar as muletas do lado de fora (por incrível que possa parecer este caso aconteceu e foi noticiado neste Fato Paulista), o caso do professor de Educação Física que tinha pinos de metal na perna e foi proibido de entrar no banco (também notícia neste jornal) e até o cliente que foi alvejado a bala por seguranças. Já aconteceu de tudo e muito pouco foi feito em prol das vítimas. Agora a vitima é o cadeirante, Valdir Timóteo, que queria apenas "pagar algumas contas e fazer um depósito em sua conta corrente". Ele não pôde entrar, teve que ouvir que teria que se identificar e somente depois de mostrar toda a sua indignação, a funcionária do banco "permitiu" que Valdir adentrasse na agência que é correntista há mais de três anos. Valdir Timóteo conta que no dia 9 último, ao lado de sua esposa Francisca L.S. Leite, foi até o Bradesco Itaquera para pagar contas e fazer um depósito. Sua esposa entrou na agência e pediu para funcionária Giorgia Castanheiro Xavier para que a porta fosse liberada para Valdir entrar na agência. "A funcionária do Bradesco disse que eu só poderia entrar na agência seu apresentasse o meu RG e o cartão bancário para comprovar se eu era realmente cliente do banco. Caso contrário eu teria que ficar do lado de fora", explica Valdir, não escondendo o seu constrangimento. "Fiquei revoltado e perguntei a todos que adentravam na agência se estavam sendo obrigados a mostrar o RG e o cartão do banco. Somente eu tive que passar por esta humilhação. Quando falei que iria ligar para a Policia, ela resolveu liberar a minha entrada", completou. No mesmo dia Valdir Timóteo registrou Boletim de Ocorrência no 32º DP de Itaquera. A reportagem do Fato Paulista ouviu o presidente da ANDECON – Associação Nacional de Defesa do Consumidor – Rodinei Lafaete, que classificou o episódio como um flagrante ato de discriminação. "Independente da pessoa ser ou não ser cliente da agência, o Banco não pode impedir o acesso para pagamento de contas. Conforme disposto na resolução 2878/01 do Banco Central. Entendo o fato de exigir o documento para que o mesmo comprovasse ser cliente como um flagrante ato de discriminação conforme previsto na lei 7.716/89. Afronta ao direito de ir e vir prevista na Constituição Federal do Brasil", explica Rodinei Lafaete. A Assessoria de Imprensa através de nota apenas informou que "O Bradesco está apurando o caso". |
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